A vesícula biliar é um órgão em forma de saco, parecido com uma pera, localizada abaixo do lobo direito do fígado. A sua função é armazenar a bile.
A bile é uma substância alcalina formada pelo fígado. É proveniente da mistura de 85% água, 10% bicarbonato de sódio e outros sais biliares, 3% pigmentos, 1% gordura, 0,7% sais inorgânicos e 0,3% colesterol.
O fígado produz cerca de 1 litro de bile por dia. A vesícula biliar é capaz de armazenar 20-50 ml de bile. A função da bile é auxiliar a digestão das gorduras.
A bile sai do fígado pelo ducto hepático que em seu trajeto até ao intestino se une ao ducto cístico proveniente da vesícula biliar. Juntos, os canais cístico e hepático formam o ducto colédoco. Quando o bolo alimentar alcança o duodeno, primeira porção do intestino delgado, provoca um estímulo na vesícula biliar, que se contrai e joga a bile na luz do duodeno para facilitar a digestão das gorduras.
Colecistectomia
Colecistectomia é a retirada cirúrgica da vesícula biliar. Apesar do desenvolvimento de técnicas não-cirúrgicas, ela é o melhor método para de se tratar a colelitíase sintomática (pedras), embora existam outras razões pela qual a cirurgia deve ser feita. As opções cirúrgicas incluem o procedimento padrão, chamado de colecistectomia laparoscópica, e um método invasivo mais antigo, chamado de colecistectomia aberta.
A colecistectomia geralmente é indicada pela presença de cálculos dentro da vesícula biliar causando colecistite aguda ou crônica, porém pode ser indicada também por colecistite alitiásica, por pólipos da vesícula biliar, por neoplasias, dismotilidade vesicular sintomática, e como parte de outros procedimentos cirúrgicos. Em um pequeno número de pacientes a colecistectomia vide laparoscópica não é possível de ser realizada. Isto ocorre geralmente devido a dificuldades anatômicas ou do grau de inflamação devido a doença da vesícula.
Quando o cirurgião converte uma cirurgia (transforma uma cirurgia por vídeo em cirurgia aberta), não se considera o fato como uma complicação, mas sim como bom julgamento cirúrgico e de segurança para o paciente. Fatores que podem levar a conversão da cirurgia fechada para aberta incluem obesidade excessiva, história de cirurgia abdominal prévia, sangramento de difícil contensão dentre outras dificuldades técnicas.